O Oriente e a Cultura de Segurança
A minha amiga Professora Doutora Dolores Monteiro que estava de visita oficial a Seul, Coreia do Sul, conhecendo o meu gosto pela área da segurança “safety”,ofereceu-me uma fotografia de três lanternas colocadas em suporte de parede numa estação de metro.
Durante a conversa que tivemos sobre a sua visão do grande desenvolvimento da Coreia do Sul, reportou-me que em cada quarto de hotel, existia também uma lanterna com a mesma finalidade.
Podemos e devemos retirar várias lições sobre a forma como os coreanos vivem em sociedade. Uma delas é a sua grande preocupação na proteção da vida humana. Estes equipamentos colocados em locais de grande densidade populacional são muito uteis na eventualidade de um apagão tal como em edifícios de grande volumetria e com percursos de saída sinuosos e em altura. Pela descrição também não se encontram sinais de vandalismo, antes pelo contrário um grande respeito pelos equipamentos que são de grande valia numa situação crítica.
O desenvolvimento da Coreia do Sul, com uma expressão económica relevante no panorama regional e até no mundo, não prescinde dos investimentos na segurança.
Atores políticos de outras sociedades ainda pensam e decidem pela ideia peregrina do destino, esquecendo-se que os acidentes (tecnológicos ou naturais) correspondem na realidade a uma despesa muito elevada em toda a sua dimensão.
Se estas lanternas fossem colocadas em qualquer ponto do território nacional tenho fortes dúvidas da sua permanência muito tempo no devido lugar.