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História dos Bombeiros da Cruz Branca: “Reviver”

na noite do dia 24 de junho, integrado no programa das festas da Cidade de Vila Real 2023, a Cruz Branca apresentou na Avenida Carvalho Araújo, mais um momento histórico e cultural de grande simbolismo para os Vilarealenses.

O programa teve início, de forma brilhante, com o desfile, execução de formações e evoluções da Fanfarra dos “Bombeiros de Baixo”. Uma vez mais, quer pelo fardamento usado, quer pelas marchas interpretadas, a nossa Fanfarra arrebatou efusivos aplausos do público presente.

Pelos atuais herdeiros do nosso “Grupo Cênico”, foi encenada uma recriação histórica de como se combatia um incêndio urbano na “Bila” em 1900. Foi utilizada, não só a indumentária da época, como também da Bomba Braçal que remonta a esses tempos e que foi recentemente recuperada, com esforço e dedicação de um grupo dos nosso Bombeiros, liderados pelo Bombeiro de 1a do Quadro de Honra, Porfírio Pereira.

Após este momento, que foi muito aplaudido, seguiu-se a interpretação do “Hymno” da Cruz Branca pela Banda de Música de Mateus. O nosso hino foi composto pelo professor de música vilarrealense, Manuel António Teixeira. Foi executado pela primeira vez por um sexteto, que ele próprio dirigia, numa audiência privada, em sua casa, num domingo dia 14 de janeiro de 1900. O autor imprimiu então uma versão para piano que, felizmente, chegou aos nossos dias. Este hino passou a ser executado em todos os aniversários e ocasiões festivas, pela banda da Corporação. A título de curiosidade, refira-se que a nossa Corporação possuiu uma banda de música própria, iniciada em 1898 por alunos do então Asilo-Escola. Perdurou até finais dos anos sessenta, altura em que foi sendo substituída pela fanfarra. Com o fim da nossa banda, este hino foi caindo no esquecimento, a ponto de, atualmente, já ninguém ter memória da sua execução, nem sequer existir um registo sonoro.

Existindo no arquivo da Associação, apenas uma cópia da versão para piano produzida em 1900, a atual Direção decidiu solicitar ao compositor Nuno Osório o arranjo e orquestração do Hino para Banda.

Com o intuito de dignificar, ainda mais, este símbolo maior da Associação, solicitou igualmente ao Dr. Pires Cabral, que gentilmente anuiu, a elaboração de uma letra para o Hino. O hino foi inicialmente tocado apenas pelos instrumentos da Banda de Música de Mateus e numa segunda vez interpretado, em coro, pelos Bombeiros, Órgãos Sociais e Público presente.

Com a realização de mais este evento, que contou com uma grande afluência de público, com a presença de representantes da Edilidade e de diversas instituições de Vila Real, os “Bombeiros de Baixo”, mostraram que não esquecem o seu passado operacional, reforçaram a ligação à sua Cidade e aos seus cidadãos, demonstrando o saber fazer dos “Morcegos” não só em atividades operacionais como também nas de cariz cultural.

Cruz Branca Sempre!